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Quando não está em diferentes países, que visita bastante a trabalho, o economista e executivo Alberto Weisser encontra abrigo nesse apê localizado no Brooklin, em São Paulo. Originalmente, o imóvel tinha 50 m² mais um quintal. “Uma amiga sugeriu que eu deslocasse a sala e a cozinha para o exterior, e foi o começo de tudo”, conta o proprietário. Hoje, Alberto dispõe de 88 m², plenamente usados por ele e pelos filhos, Pedro, 9 anos, e André, 7, que o visitam com frequência. A arquiteta Vanessa Féres assina o projeto. “Para englobar a área externa, projetei uma cobertura de vidro laminado com estrutura de alumínio e panos de vidro no lugar de paredes”, explica ela, que ainda previu um corredor fora para a criação de um jardim. O living tem sofá de linhas retas, de frente para a TV, uma poltrona de Jader Almeida e uma mesa de centro com design escandinavo. Ao fundo, fica uma bancada para refeições, com cadeiras e banquetas, seguida de outra com cooktop e, embaixo, forno e micro-ondas. Há ainda frigobar, um pequeno freezer e até uma lava e seca. “Quis que os eletrodomésticos ficassem à mostra o mínimo possível”, lembra Alberto. “Com isso e elementos horizontalizados, criamos certa sensação de amplitude”, comenta a arquiteta. Ela empregou cimento queimado, fácil de manter, no piso de todo o apê e pintou as paredes de cinza. A partir da entrada, à frente, há um lavabo e, à direita, um caminho que leva ao quarto, cujacama foi desenhada por Vanessa: para acomodar os garotos, ela embutiu duas camas de solteiro na parte de baixo do móvel. “É bacana porque ficamos todos juntos”, alegra-se o pai. Outro truque da arquiteta foi criar uma estrutura de freijó com armários e uma porta que leva ao closet e ao banheiro. Antigo morador de uma casa de 450 m², Alberto garante não se sentir “claustrofóbico” no novo lar. “Queria espaços práticos, com boa iluminação e automatizados, além de ter um pouco de verde”, resume ele. Assim se fez. 
Rio - Com o adensamento populacional e imóveis cada vez menores, a cozinha acumulou funções. Além do espaço para a preparação de refeições, o ambiente passou a acomodar a área de serviço. Para abrigar tanta função, o lugar deve ser prático. Por isso, os moradores devem prestar atenção a cada detalhe na concepção do espaço, desde a distribuição das áreas até o planejamento dos móveis do ambiente.O ponto de partida para não errar deve ser o layout da cozinha. Por ser um lugar de grande movimentação, o planejamento dos móveis garante funcionalidade e evita o perigo de esbarrões ou acidentes. Especialistas indicam, no mínimo, um metro de passagem, para que o morador possa circular com conforto até mesmo quando as portas do forno ou da geladeira estiverem abertas.Outro ponto importante é pensar na disposição de móveis e eletrodomésticos. Segundo a arquiteta Daniele Okuhara, o morador deve combinar bem as áreas de armazenamento, preparo e cozimento. \"É preciso levar em conta a triangulação dos três itens principais: fogão, cuba e geladeira. A ideia é que esses elementos fiquem próximos, tornando o dia a dia mais prático\", diz Daniele.Porém, explica a arquiteta, o morador não precisa se prender a uma sequência linear, em que os móveis ficam na mesma parede e formam um corredor. É possível investir na distribuição em \'U\' cada elemento fica disposto em uma parede. Ou em \'L\', em que dois elementos ficam na mesma parede e o outro na lateral.Móveis devem resistir à águaNa hora de planejar os móveis da cozinha, os moradores devem lembrar que os armários acabam entrando em contato com a água. Para evitar danos, alguns cuidados são imprescindíveis. \"A sugestão é evitar usar materiais sensíveis, como lâmina de madeira ou laca, pois mancham e alteram a cor. No caso da laca, pode haver danos até mesmo com alguma batidinha\", orienta a arquiteta Daniele Okuhara.Móveis de MDF são indicados por ter maior durabilidade. O material é resistente e tem acabamento amadeirado ou liso.Em relação aos puxadores, a dica é evitar os modelos que acumulam gordura e são difíceis de limpar, como os móveis de cava. \"É melhor usar puxadores com desenho linear e versões embutidas que deixam a marcenaria \'clean\' e são de fácil manutenção\", diz a arquiteta Beatriz Ottaiano.